Blogueiro brasileiro diz que foi ‘enganado’ para combater na guerra da Ucrânia

Lucas conta que buscou ajuda da embaixada brasileira, mas não obteve o apoio esperado:
(Foto: Reprodução)

Francisco Beltrão (PR) – O blogueiro brasileiro Lucas Felype Vieira Bueno, de 20 anos, natural de Francisco Beltrão (PR), denunciou em suas redes sociais ter sido enganado pelas autoridades militares da Ucrânia após se voluntariar para atuar tecnicamente com tecnologia de drones. Segundo ele, a promessa era de trabalho técnico, mas a realidade foi bem diferente: “Eles estão colocando uma arma na minha mão e me levando para uma zona de guerra sem o meu consentimento”.

Lucas viajou à Ucrânia em maio deste ano, após vender seus pertences e levantar cerca de R$ 25 mil para cobrir os custos da viagem. Ele foi aceito na chamada Legião Internacional, grupo formado por estrangeiros que combatem ao lado das forças ucranianas na guerra contra a Rússia. A promessa era de três meses de treinamento e atuação técnica, especialmente com drones, mas ele afirma ter sido levado, sem escolha, para a linha de frente do conflito, na região de Kharkiv — uma das mais intensamente bombardeadas da guerra.

“Eu vim para a Ucrânia como voluntário, com a promessa de trabalhar com tecnologia militar, principalmente na área de drones. Essa sempre foi a minha intenção, ajudar, mas de forma técnica. Mas desde que cheguei aqui, tudo mudou”, desabafou o blogueiro.

Segundo o relato publicado em vídeo no Instagram, onde se identifica como blogueiro sob o lema “sem volta, apenas para frente”, Lucas relata que está sendo pressionado a atuar como combatente de infantaria. “Disseram que é treinamento, mas eu não acredito mais nisso”, afirmou. “Isso nunca foi o combinado. Eu me sinto literalmente enganado”.

Lucas conta que buscou ajuda da embaixada brasileira, mas não obteve o apoio esperado: “Eles falaram que eu preciso resolver com o Exército da Ucrânia. Mas eu estou sozinho no meio da guerra”.

A história do paranaense gerou comoção nas redes sociais e levantou alertas para o alistamento de brasileiros em conflitos estrangeiros. Lucas também pediu que sua situação sirva de exemplo para outros jovens: “Não cometam o mesmo erro que eu. Pensem duas vezes antes de vir para cá. Isso aqui é guerra de verdade”.

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