AMAZONAS – O Amazonas enfrenta uma das maiores cheias dos últimos anos, com 92.400 pessoas diretamente impactadas pelas águas, segundo boletim divulgado neste domingo (20) pelo Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos. Dos 62 municípios do estado, nove já decretaram Situação de Emergência, 17 estão em Alerta e 36 em Atenção.
SITUAÇÃO CRÍTICA NOS MUNICÍPIOS
As nove calhas de rios do Amazonas registram cheias desde março, com picos variados que devem continuar até julho. Os municípios mais afetados, já em Situação de Emergência, são:
- Humaitá, Apuí e Manicoré (calha do rio Madeira)
- Boca do Acre, Guajará, Ipixuna, Novo Aripuanã, Benjamin Constant e Borba
Outras 17 cidades estão em Alerta, incluindo Lábrea, Canutama e Tabatinga, enquanto 36 permanecem em Atenção, como Parintins, Itacoatiara e Manacapuru.
OPERAÇÃO CHEIA 2025
O governador Wilson Lima anunciou no dia 16 de abril o envio de ajuda humanitária para as áreas mais críticas. No dia 18, uma força-tarefa partiu do Porto de São Raimundo, em Manaus, levando:
- 160 toneladas de cestas básicas
- 600 caixas d’água para famílias sem abastecimento regular
- 33 mil copos de água potável
- Seis purificadores de água do projeto Água Boa, para comunidades isoladas
MONITORAMENTO CONTÍNUO
O Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil acompanha diariamente os níveis dos rios. “A situação é grave, mas estamos agindo para minimizar os impactos nas famílias ribeirinhas”, afirmou o coordenador estadual da Defesa Civil.
Com as chuvas persistindo, autoridades alertam para possíveis novos decretos de emergência nas próximas semanas.
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